Wednesday

MSGM + Toiletpaper = roupa de pendurar


Toiletpaper is a magazine founded by the artists Maurizio Cattelan and Pierpaolo Ferrari of only pictures which investigates our contemporary obsession with images.

MSGM is a italian fashion label.

this is art:


this is my obsession:

Friday

shall we dance?



(Pina Bausch)




In the middle of the night I call you name.

Monday

O novo, e o novo.



O novo preto é o preto, o rosa, o branco, ou talvez o azul marinho... o "novo" novo é o que quer que a gente queira usar, a próxima tendência é ser de verdade, a próxima revolução é a da simplicidade. Be ready!

A indústria de fast fashion revolucionou a moda como se conhecia, deu ao alto luxo um valor palpável, trouxe o imediatismo que tanto sonhavam fashionistas, de L.A. à Shangai, entregando semanalmente, em rede e por preço de banana, do minimalismo esportivo de Stella ao grunge de Dries Van Noten, passando pelas ombreiras de Balmain.

Tudo velho, tudo passou. Claro. A chegada galopante às lojas fez tendências que antes duravam ao menos 6 meses passarem a durar 6 dias. Qual é o próximo "próximo", ansiavam as bloggeiras de moda, ávidas a desfilarem seus modos e "modas" aos olhos de todo mundo, pessoas "normais" ganhando seus 15 minutos pelo estilo e habilidade de juntar 1 + 1.

E o mundo todo, em troca, consumia, a "originalidade", a cópia (que finalmente poderia ser encontrada nas lojas mais próximas) o "estilo", e principalmente, a possibilidade de atenção pública fácil. As tendências prontas de hoje, até amanhã, até a próxima, todas juntas, toda iguais.

Mas peraí, alguma coisa se perdeu nessa história: a Moda.

A moda, não enquanto peça descartável, enquanto "roupa". A Moda enquanto revolução de costumes, enquanto forma de comunicação, como diferenciador essencial do indivíduo e suas idiossincrasias. E sim, isso é importante. No mais, viramos todos colegiais uniformizados na escola, coibindo a força das nossas personalidades em prol de uma igualdade que não há.

Não somos iguais em pensamentos, comportamento e história, ainda bem, mas nos tornamos. Todos iguais na vontade desmedida de parecer mais que ser, de ter mais que precisar, de "precisar" o que não se precisa.

Enquanto isso, as grandes maisons de moda fecham as portas, e os poderosos alicerces do mercado de fast fashion começam a balançar. Agora se descobriu o e-bay e a peça recém saída do fornecedor direto na porta de casa pelo preço que vale, pela qualidade que tem, pela durabilidade que o desejo contemporâneo impõe. Bem pouco.

O que se vê adiante é bem claro, o caminho inverso, como foi mostrado em toda história, como sempre será. Saturados de tanto o mundo volta ao simples. 

E a revolução do simples já começou. O desejo de menos, o alívio pelo menos. Menos roupa, menos peças, menos coisas. Mais tempo, mais qualidade com o que se tem.

O mundo parece pedir uma casa no campo. Natural. Não cabe mais informação, não cabe mais tanto conteúdo, não cabe mais "tanto" em nossas vidas. Pelo simples fato de não haver o que se fazer com tanto.
E a moda, bem, a moda um dia voltará a ser só o que era. História, cultura, comunicação.

Vamos todos desejar uma máquina de costura, aonde fazer com as próprias mãos as próprias peças, sob medida pra nossas vidas, hábitos e personalidades. Com tecidos naturais e duráveis, e a forma que se desejar. Peças únicas pra pessoas únicas.

O próximo novo vai ser bem antiguinho, mas sem o cheiro de mofo dos brechós, com perfume de exclusividade e ineditismo... com cheiro de novidade.

Até o próximo novo, é claro.




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